Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa irá decorrer, nos dias 17 e 18 de Novembro deste ano, a conferência internacional «Cidades desaparecidas e transformadas – Uma perspectiva digital». A iniciativa conta, no seu comité científico, com três elementos da equipa do projecto Ópera do Tejo/Lisboa Pré-1755: Alexandra Gago da Câmara, Helena Murteira e Paulo Simões Rodrigues, integrando as duas primeiras também o comité executivo. António Câmara, Catherine Clarke e Maurizio Forte foram os três primeiros oradores principais a serem anunciados…
… Num evento para o qual, por ocasião do 261º aniversário do Terramoto de Lisboa de 1755, são convidados a participar «os investigadores e especialistas no campo dos estudos do património, das humanidades digitais, história, história da arte e tecnologias da informação a partilhar e debater a sua experiência e conhecimento sobre o património digital». E isto porque «a tecnologia digital tem um papel cada vez mais preponderante no estudo da cidade e na preservação do seu património cultural e arquitectónico. Permite a recolha, processamento e experimentação de um conjunto significativo de dados, de um modo rápido e eficaz. Também permite que equipas multidisciplinares trabalhem de forma colaborativa, geralmente em tempo real. A aplicação da tecnologia digital ao estudo das cidades e do seu património cultural não só alarga o âmbito da investigação, como também contribui para a sua disseminação de um modo interactivo para um público mais alargado e diversificado.» Há a convicção de que «através do cruzamento da tecnologia digital com a prática histórica é possível transmitir uma perspectiva do passado enquanto realidade perceptivo-sensorial. O conhecimento resultante faz avançar o entendimento da cidade de hoje e o planeamento da cidade do futuro. Assim, as cidades no domínio digital são apresentadas no seu continuum histórico, na sua realidade compreensiva e complexa, abrindo-se à interacção com o contexto social contemporâneo.»
Assim, os organizadores desta conferência sugerem aos oradores «uma abordagem das realidades urbanas perdidas ou transformadas, sublinhando o seu carácter multidisciplinar e o impacto do digital nesta problemática», sendo «especialmente bem-vindos artigos centrados (mas não necessariamente limitados a)» nos seguintes temas: a cidade histórica, do 2D à realidade virtual e aumentada; cidades enquanto museus virtuais; cidades, turismo e património digital; património digital: desafios metodológicos e epistemológicos; a cidade contemporânea e a cidadania digital. O prazo de envio e entrega de resumos de comunicações termina a 30 de Junho próximo. (Também no Ópera do Tejo.)