Decidida e justificadamente, a inteligência artificial está cada vez mais na ordem do dia, pelas potencialidades que promete mas também, reconheça-se, pelos perigos que eventualmente acarreta. Essa actualidade constata-se no Mundo em geral e em Portugal em especial: depois de, na Culturgest, um ciclo de conferências e de debates sobre IA ter começado no dia 17 de Abril último, continuado a 15 de Maio e terminado hoje, 5 de Junho, o Parque Eduardo VII e, mais concretamente, a 89ª Feira do Livro de Lisboa, vai ser o cenário não de uma mas sim de duas outras iniciativas neste âmbito: dois debates, curiosamente, no mesmo dia, 10 de Junho…
… O primeiro dos quais tem início às 16 horas junto aos pavilhões da editora Relógio d’Água, denominado «Inteligência artificial – A situação actual e a corrida entre os EUA e a China», e em que participam Ana Paiva, Cláudia Antunes e Mário Figueiredo. O segundo tem início apenas meia hora depois, às 16.30, na «Praça Azul» da Feira; denominado «A inteligência é artificial?», nele participam José Vítor Malheiros, jornalista que fará de moderador, André Martins, investigador no Instituto Superior Técnico e Arlindo Oliveira, autor do ensaio «Inteligência Artificial», livro publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que também organiza este encontro…
… Cujo «mote» é dado pela sinopse da obra que está na sua génese: «Somos a espécie animal mais inteligente que se conhece, produto de uma extraordinária evolução biológica com milhares de milhões de anos. Daí que não seja de estranhar que hoje queiramos ultrapassar os nossos próprios limites, criando sistemas que reproduzam comportamentos inteligentes de forma artificial. Em que ponto estamos nesta aventura? Será que algum dia esses sistemas irão superar a inteligência dos seus criadores? Devemos temê-los? Que papel podem desempenhar na evolução futura da espécie humana e na conquista do espaço?»